Gerenciamento do Risco Químico
A importância dos documentos de segurança como FISPQ, FDSR e Ficha de Emergência (ver diferenças no artigo da Lisam), tem em comum, serem um documento técnico de comunicação de perigo aos trabalhadores, que por sua vez tem o direito de saber os riscos que estão expostos no ambiente de trabalho, conforme Norma Regulamentadora 26 MTE.
Estes documentos de segurança fornecem a referência sobre o potencial de impacto do produto à saúde humana e ao meio ambiente aquático, que é o compartimento ambiental com maior chance de migração dos produtos quando ocorre um acidente.
Para os PERITOS que utilizam esses documentos como referência, para avaliar por exemplo o impacto de um acidente ambiental, vale ressaltar a necessidade de interpretação de que perigo não necessariamente significa risco, ou dano, assim como, produto perigoso não é uma categoria única que significa agravamento de um acidente, tudo depende da tipologia de perigo e dos cenários de exposição.
Produtos químicos com alta severidade de impacto ao ambiente aquático, são comunicados pelos pictogramas:


Outra substância de alta toxicidade aguda e crônica para o ambiente aquático: as BIFENILAS POLICLORADAS (PCBs), substância banida pela convenção de Estocolmo, mas que continua presente de forma residual em antigos transformadores no Brasil. Por se tratar de substância pouco solúvel, bioacumulativa, carcinogênica, tóxica à reprodução, mesmo em baixas concentrações no ambiente ela biomagnifica, ou seja, aumenta a concentração nos receptores ecológicos conforme maior for o nível trófico, e por consequência chega ao homem através dos alimentos, causando danos à saúde humana.
Veja o caso da CELESC
Segundo a denúncia, pelo menos a partir de 4/7/2008, a empresa e os seus responsáveis teriam deixado de adotar medidas de precaução para prevenir possíveis danos ambientais devido ao depósito e armazenamento do óleo mineral utilizado nos transformadores TT1 depositados na Subestação de Energia Elétrica Centro de Treinamento da Celesc, no bairro Tapera, em Florianópolis (Ação Penal n. 0021029-04.2017.8.24.0023).
O volume aproximado de óleo mineral isolante com traços de PCB que vazou dos transformadores TT1 e TT2 depositados foi de 11,64 mil litros.
(Fonte: MPSC, 23/6/2020)
Dessa forma, a compreensão da (Eco)Toxicologia para quantificação do impacto ambiental e à saúde humana é de suma importância.
Marcus E. M. da Matta
marcus.da.matta@lisam.com
A Lisam é uma empresa que comercializa softwares para o gerenciamento de riscos químicos e que também oferece consultoria especializada em avaliação de risco toxicológico.
Como parte da responsabilidade em promover essa importante ciência da Toxicologia, oferece livremente um curso on-line para os interessados, veja Toxicologia aplicada ao GHS, e diversos conteúdos em webinares.
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